domingo, 17 de março de 2013

Um novo governo em Israel - um freio ao poder ultraortodoxo

                        Benjamin Netanyahu (Likud Beytenu) e Tzipi Livni (Ha Tnouha)


Após seis semanas de negociações para a formação de uma coligação, firmou-se um novo governo em Israel, que foi anunciado pelo premiê Benjamin Netanyahu, sábado - 16 de março, ao presidente Shimon Peres. Novo governo, não apenas no sentido de diferente coalizão, mas também no sentido de que essa nova composição, representada por partidos centristas e de extrema direita no que se refere às relações internacionais, significa “um freio” ao poder dos religiosos representados pelos ultraortodoxos, considerando que foram vetados na formação do novo governo.

Segundo o premiê Netanyahu, é necessário que a coalizão seja ampla para enfrentar os grandes desafios representados pelo programa nuclear iraniano e os conflitos com os vizinhos árabes. Ela contará com 68 cadeiras que incluem o partido Likud Beytenu (de Netanyahu), Bayit Yehudi  (de Yair Lapid) e Ha Tnouha (de Tzipi Livni).

A coalizão é alvo de diversas críticas por parte dos conservadores devido à exclusão da representação ultraortodoxa no governo em função do posicionamento contrario da nova coalizão aos benefícios sociais, à isenção de religiosos ao alistamento militar e às colônias ultraortodoxas assentadas em territórios anexados a Israel na guerra dos seis dias. Entretanto, Netanyahu tem o apoio e as felicitações de Barack Obama, que deseja trabalhar conjuntamente com o premiê no enfrentamento dos diversos desafios existentes na região. O presidente estadunidense visitará do dia 20 ao 23 de março o Israel, a Palestina e a Jordânia, para tratar de assuntos regionais como os conflitos entre Israel e Palestina e o programa nuclear iraniano.

O governo firmado pode significar um novo rumo nas relações com a Palestina, já que conta com a participação de partidos centristas que apoiam a imediata retomada das negociações de paz com a Palestina, suspensas desde 2010. Negociações estas que serão conduzidas pela ex-ministra das relações exteriores Livni (do partido Ha Tnouha), que mostrou-se defensora do fim dos assentamentos israelenses nos territórios ocupados como  caminho para o processo de paz. Além disso, Livni conta com a disposição do líder da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, que manifestou o desejo de retomar as negociações, entretanto, para isso, expôs algumas condições como a descolonização judaica nos territórios palestinos. 

Postado por: Cristhiane Carvalho

Fonte: http://www.folha.uol.com.br/
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27817/quebra+de+acordo+por+netanyahu+adia+formacao+de+novo+governo+israelense.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,israel-forma-novo-governo-dias-antes-da-visita-de-obama,1009609,0.htm
http://www.lemonde.fr/proche-orient/article/2013/03/16/israel-benyamin-netanyahou-presente-son-gouvernement_1849546_3218.html




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