Em sua visita ao Oriente Médio o
presidente Barack Obama enfatiza a importância da busca pela paz entre Israel e
Palestina. Entretanto, não traz nenhuma nova solução concreta para
a solução do conflito, e num discurso para sensibilizar ambas as partes Obama
pede a retomada das antigas negociações de paz entre os dois Estados abandonadas
em 2010.
Obama condenou a política
israelense de assentamentos, mas numa demonstração de tentativa de reconquista da
confiança do premiê israelense Benjamin Netanyahu – que já demonstrara em outro
tempo preferência pelos adversários republicanos de Obama-, o presidente
democrata fala do sofrimento dos israelenses e do apoio norte-americano a
Israel e é apontado por fazer um discurso pouco incisivo no que se refere à
atitude israelense em território palestino. Assim, Obama é aclamado por
israelenses e criticado pelos povos árabes, que consideram que os EUA praticam uma política
unilateral favorável a Israel.
Enfim, considerando que a ocupação israelense
na parte árabe não seja interrompida, torna-se inviável o caminho de negociação
para paz, como defende o líder estadunidense.
Assim, através de uma iniciativa do Catar, a Liga Árabe promove a
criação de um fundo de apoio de 1 bilhão de dólares para que se mantenha o caráter árabe
em Jerusalém Oriental, área reivindicada pelos palestinos.
O presidente da Autoridade
Palestina saúda a iniciativa e incentiva a contribuição de outros países
árabes. Em contrapartida, o porta-voz da chancelaria israelense Yigal Palmor,
considera essa ação uma vergonha ao Catar.
Findada sua visita, Obama retornou aos EUA e às questões de política interna, e no Oriente permanecem as
incertezas e o ceticismo, principalmente dos árabes, acerca de um acordo de paz
entre os dois Estados.
Postado por: Cristhiane Carvalho
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