domingo, 28 de abril de 2013

Israel acusa Síria de utilizar armas químicas


"Até onde sabemos em função de nossas capacidades, o regime utilizou armas químicas mortais contra os rebeldes em uma série de incidentes ocorridos nos últimos meses", palavras do general Itai Brun, chefe do setor de investigação e análise do departamento de inteligência militar do exército israelense.



A Síria é acusada pela inteligência militar israelense de utilizar armas químicas no combate aos rebeldes nos últimos conflitos.  A suspeita é a utilização do gás sarin.

Embora considere-se que o uso não tenha sido em grande escala, afirma-se que a linha vermelha estipulada por Obama tenha sido ultrapassada. Diante disso uma intervenção militar no país seria justificável, o que levou o vice-ministro das Relações Exteriores de Israel, Zeev Elkin, a defender que é necessário que haja esforços por parte da comunidade internacional e dos Estados Unidos para assumir o controle dos arsenais de armas químicas e evitar que grupos radicais ou terroristas tenham acesso a este arsenal. Entretanto, o premiê israelense Netanyahu proibiu qualquer comentário dos ministros de Israel, pois não quer demonstrar nenhuma pressão sobre a comunidade internacional e os EUA para lançar uma operação militar contra a Síria.

A Síria, que não é signatária da Convenção de 1993 sobre a Proibição de Armas Químicas e sua Destruição¹, não nega a posse de armamento químico, porém alega a não utilização desse armamento considerando as causas humanitárias e morais, além das leis internacionais contra o uso desse tipo de armas, como afirmou Omram Ahed Al-Zouabai, ministro da informação da Síria. O governo sírio ainda reafirma o seu compromisso de não utilizar e nem permitir que este tipo de armamento chegue às mãos de grupos como o Hezbollah.

No dia 25 de abril, o governo dos Estados Unidos confirmou a possível utilização de armas químicas pelo regime sírio, no entanto as informações não são suficientes para afirmar que a linha vermelha foi ultrapassada. Assim, frente à preocupação do efetivo uso e disseminação de armas químicas e à possibilidade de não ultrapassagem da linha vermelha, o presidente Obama defende uma investigação exaustiva e aguarda a comprovação dos fatos para tomar qualquer decisão. 


¹ Convenção negociada durante a Conferência sobre o Desarmamento, foi aberta para assinatura 1993 e entrou em vigor 1997. Atualmente, obriga a grande maioria dos Estados. Ela é “classificada na categoria de instrumentos internacionais de direito internacional que proíbe o uso de armas cujos efeitos são particularmente abomináveis” e estabelece a obrigatoriedade de seu cumprimento por parte de todos os Estados participantes. Disponível em:<http://www.icrc.org/por/resources/documents/misc/5yblcz.htm>


Postado por: Cristhiane Carvalho



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